1. Quais as características do curso?
O curso de Terapia Ocupacional, Bacharelado, do Campus Universitário Prof. Antônio Garcia Filho, propõe uma educação integral, compartilhada com outros saberes e contextualizada no sujeito em sua existência na sociedade. Prevê, além disso, que a formação do terapeuta ocupacional se dê a partir da reflexão da prática em um ciclo que retorna à mesma, transformando a realidade. Para isso, valoriza não só os aspectos cognitivos para a formação do estudante, mas, também, os atitudinais e psicomotores. Para atender ao modelo de ensino proposto pelo Campus, o curso é orientado por competências e seu currículo dividido em quatro ciclos, totalizando quatro anos. O primeiro ciclo é desenvolvido, integralmente, com todos os demais cursos do Campus, constituindo-se assim o ciclo básico da formação em saúde. Tal ciclo tem foco na prática da atenção primária à saúde, na qual se contextualizam os conteúdos teóricos, distribuídos pelas unidades curriculares, as quais visam, tão somente, sistematizar elementos para a construção de competências. Busca-se, assim, desde o primeiro momento, inserir os estudantes na prática da saúde coletiva.
O segundo, terceiro e quarto ciclos são específicos da formação do terapeuta ocupacional, acrescenta, ao foco dado à saúde (atenção primária, ambulatorial e hospitalar) e inclui outras áreas como a assistência social, cultura, educação e a justiça.
A formação em serviço está distribuída durante o curso, sob a forma de visões teórico-práticas e atividades de tutoria, direcionadas às diversas áreas, em atividades de complexidade crescente, partindo da observação à prática assistida. Terá como eixo de aprendizado, a problematização.
2. O que faz o profissional?
A Terapia Ocupacional é uma profissão dotada de formação nas áreas de saúde e sociais buscando o desenvolvimento, tratamento e reabilitação de sujeitos que tenham seu desempenho ou sua convivência social prejudicados por demandas motoras, cognitivas e emocionais, com ações voltadas para a promoção da autonomia e da emancipação dos sujeitos.
Atua considerando as diferentes faixas etárias, gêneros, coletivos, territórios e espaços institucionais, envolvendo-os em ocupações significativas que promovam o restabelecimento ou desenvolvimento de habilidades e papéis ocupacionais, a fim de contribuir para sua participação social.
Desta forma, cabe ao profissional, a partir do raciocínio clínico, elaborar planos terapêutico ocupacionais, buscando o engajamento nas ocupações, com o propósito da manutenção da saúde, promoção da qualidade de vida, empoderamento e da defesa dos direitos humanos.
3. Áreas de atuação?
Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares
No Campus de Lagarto destacam-se projetos e pesquisas em hospitais gerais e especializados, como na ortopedia e traumatologia, oncologia, Unidade de Terapia Intensiva, entre outros.
Terapia Ocupacional na Cultura
No Campus de Lagarto destacam-se projetos e pesquisas que envolve cultura e arte nas suas intervenções, com diferentes populações, locais e necessidades.
Terapia Ocupacional em Contextos Sociais
No Campus de Lagarto destacam-se projetos e pesquisas com atendimentos a mulheres em situação de violência, bem como de homens autores de violência; atenção integral aos usuários do Ambulatório Transexualizador; atividades em instituições penais, hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico, abrigos, atendimentos com menores infratores, populações vulneráveis (moradores de rua, prostituição), entre outros.
Terapia Ocupacional no Contexto Escolar
No Campus de Lagarto destacam-se projetos e pesquisas na área da educação com ações na educação inclusiva e situações de vulnerabilidade social.
Terapia Ocupacional em Gerontologia
No Campus de Lagarto destacam-se projetos e pesquisas na área do envelhecimento; atenção à saúde dos idosos vulneráveis e/ou com fragilidade física, cognitiva e social em seus diversos contextos.
Terapia Ocupacional em Saúde da Família
No Campus de Lagarto destacam-se projetos e pesquisas em Unidades Básicas de Saúde, secretárias de saúde, NASF, entre outros.
Terapia Ocupacional em Saúde Mental
No Campus de Lagarto destacam-se projetos e pesquisas no Ambulatório Psicossocial de Terapia Ocupacional com atendimento a pessoas em situação de sofrimento mental moderado ou severo; junto a pessoas em depressão e risco de suicídio, uso abusivo de álcool e outras drogas e demais necessidades decorrentes de condições psíquicas adversas.
4. Locais de trabalho?
O profissional graduado em Terapia Ocupacional pode atuar em instituições públicas, privadas, beneficentes ou filantrópicas. Dentre elas, hospitais gerais e especializados, centros de convivência, clínicas de recuperação de dependência química, consultórios, instituições penais, Centros de Reabilitação, Unidades Básicas de Saúde, Instituições de Longa Permanência, atendimentos domiciliares, empresas, escolas, entre outros. Além disso, o terapeuta ocupacional pode ministrar aulas no ensino superior e/ou atuar como autônomo em clínicas e prestações de serviços, empreendedorismo e gestão de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e Organização não Governamental (ONG).
5. Qual a situação do mercado de trabalho para o profissional?
O mercado de trabalho para terapeutas ocupacionais é amplo e em grande expansão, principalmente, no estado de Sergipe. O setor público é o que concentra maior número de oportunidades, na saúde em Centros de Atenção Psicossocial (CAPSs), Centros de Referência de Saúde do Trabalhador (CERESTs), Centros de Reabilitação (CER), Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs) e hospitais; na área social em Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e Centro Especializado de Assistência Social (CREAS) e no sistema prisional. Além disso, cresce a demanda pelo profissional no setor privado, em gestão de clínicas, atendimentos por planos de saúde, Home Care e em consultorias.